Primeiro-ministro belga diz que "medo deve mudar de lado" após reunião de emergência
O primeiro-ministro belga defendeu, esta quinta-feira, que o medo deve passar para o campo dos terroristas, após uma reunião de emergência na sequência da operação policial que provocou a morte de dois 'jihadistas' suspeitos de planearem "atentados de grande envergadura".
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"O medo deve mudar de lado", afirmou Charles Michel no final da reunião com os serviços de emergência e os ministros de Interior, Jan Jambon, e da Justiça, Koen Geens.
"Isto demonstra a determinação do governo belga em combater todos aqueles que pretendem semear o terror. O medo deve mudar de lado", declarou o primeiro-ministro, citado pelo seu porta-voz, numa altura em que está em marcha uma operação antiterrorista na Bélgica.
Dois suspeitos foram mortos e um terceiro ficou gravemente ferido pela polícia, que atuou de emergência em Verviers, no leste do país, depois de ter conhecimento de que estavam em preparação "atentados de grande envergadura".
A polícia belga desencadeou uma vasta operação contra um grupo composto por pessoas que tinham regressado da Síria e que "estavam à beira de cometer atentados de grande envergadura e de forma iminente", referiu hoje um porta-voz da procuradoria federal.
A procuradoria precisou que a ameaça era dirigida contra as forças policiais e que o nível de alerta foi colocado no nível três (numa escala de quatro) nas esquadras de polícia e 'campus' de justiça.
Segundo a procuradoria, não foi estabelecida "até ao momento" qualquer ligação entre a operação policial 'anti-jihadista' desencadeada hoje no país e os atentados de Paris da passada semana.
A agência Belga referiu que a investigação sobre este grupo foi iniciada antes do ataque contra o jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, em 07 de janeiro, e implicou uma vasta operação da polícia belga, hoje desencadeada, para evitar um "atentado de grande envergadura" que estaria em preparação.