O procurador-geral dos Estados Unidos encontrou-se, na quarta-feira, com os pais de Michael Brown, o jovem negro morto por um polícia branco no Ferguson, no Estado do Missouri. Os protestos na cidade acalmaram na quarta-feira.
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Os protestos em Ferguson acalmaram depois do procurador-geral norte-americano ter prometido uma investigação completa ao assassínio do adolescente negro Michael Brown, na origem dos distúrbios dos últimos 10 dias.
A polícia disse que seis pessoas foram detidas, contra 47 na terça-feira, e que os manifestantes se abstiveram de lançar projéteis e de disparar armas, como tinham feito nos piores momentos dos tumultos no subúrbio de St. Louis.
O procurador-geral Eric Holder reuniu com os pais de Brown e prometeu, durante um encontro privado de 20 minutos, que será conduzida uma investigação "justa e independente" à morte do jovem de 18 anos, ocorrida a 9 de agosto.
Antes da reunião, a mãe de Brown foi ver o corpo do filho à morgue pela primeira vez.
Um júri começou a ouvir testemunhas da morte de Brown, numa altura em que aumentam os apelos para que o agente autor dos disparos seja levado a julgamento.
Após a morte de Michael Brown, foram pedidas pelo menos três autópsias, pelas autoridades locais, família e pelo Departamento de Justiça de Holder.
Holder, que também se reuniu, entre outros, com o governador do Missouri, disse aos residentes de Ferguson ter destacado "os mais experientes agentes" para investigar a morte de Brown perante as suspeitas locais de que a polícia vai proteger os seus agentes.
"A nossa investigação é diferente", disse, acrescentando: "Estamos à procura de eventuais violações a leis de direitos federais civis".
Holder afirmou ainda que espera que a sua visita possa aliviar a tensão na zona.