A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, reivindicou, esta terça-feira, a morte de 36 militares e polícias das forças de defesa e segurança moçambicanas, a 10 e 11 de agosto, numa "ação de autodefesa", no centro de Moçambique.
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Fernando Mazanga disse que não houve vítimas entre os homens da Renamo nem entre a população civil.
Ainda não houve qualquer reação oficial a este anúncio.
O porta-voz da Renamo disse que no terreno continuam "corpos tombados nas matas" e acusou o Governo da Frelimo de "espancar e prender" quem chama a atenção para a situação em que se encontram os cadáveres.
"A Renamo reitera que não quer guerra", afirmou Fernando Mazanga, garantido que o líder do partido, Afonso Dhlakama, "continua a apostar no compromisso assumido em Roma", em 1992, quando foram negociados os acordos de paz para o país.
Mazanga disse que Dlhakama faz "um veemente apelo" ao presidente da República, Armando Guebuza, para travar os comandantes que "têm usado jovens das FADM e da FIR" para provocarem o seu partido.
"Este apelo surge como um convite para os moçambicanos fumarem o cachimbo da paz, sob o risco de descontroladamente poderem surgir atos de ataques a alvos que nos podem retroceder no nosso desenvolvimento económico", advertiu o porta-voz da Renamo.
No entanto, o dirigente manteve que, na opinião do seu partido, e apesar do elevado número de mortes que reivindicou na ação do último fim de semana, "o país não está em guerra".