O ministro da Energia russo, Alexander Novak, alertou, esta sexta-feira, para o alto risco de interrupções no fornecimento de gás russo para a Europa devido à crescente tensão internacional no conflito da Ucrânia.
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"A situação será extremamente crítica assim que se aproximar a estação em que é necessário aquecimento", disse Novak numa conferência de imprensa conjunta com o comissário europeu da Energia, Guenther Oettinger.
"Há um alto risco de que o gás fornecido pela Gazprom para a Europa seja ilegalmente utilizado pela Ucrânia para uso próprio", alertou o ministro russo.
A Rússia cortou em meados de junho o fornecimento à Ucrânia, depois de um governo pró-ocidental ter ascendido ao poder, e a disputa dos preços já levou a uma acumulação de dívida no valor de 5,3 mil milhões de dólares.
Esta decisão fez aumentar as preocupações sobre o fornecimento para a Europa, já que a maior parte do fluxo de gás russo passa através da Ucrânia.
A Rússia é o principal fornecedor de gás da Europa.
A União Europeia precisa de importar mais de 50 por cento de energia para as suas necessidades e 40% destas importações são dos russos.
Moscovo já tem um historial em utilizar o preço do gás como arma política, desligando o fornecimento de gás à Ucrânia duas vezes na década passada, causando interrupções no fornecimento de gás à Europa em 2006 e 2008.