Os EUA não têm "informação objetiva" sobre o "crime monstruoso" de terça-feira no noroeste da Síria, afirmou, esta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin, sobre a acusação às forças sírias de terem lançado um ataque com armas químicas.
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"Logo após a tragédia, ninguém tinha acesso àquela zona de Khan Sheikhun", disse Dmitri Peskov à imprensa.
"Por isso, qualquer informação de que a parte norte-americana possa dispor (...) não pode basear-se em materiais ou testemunhos objetivos (...) Ninguém podia ter informação fiável e realista" sobre este "crime perigoso e monstruoso", insistiu Peskov, advertindo contra "conclusões precipitadas sobre o que se passou na província de Idlib".
Pelo menos 86 pessoas morreram e perto de duas centenas ficaram feridas num ataque, perpetrado na terça-feira na cidade de Khan Sheikhun, noroeste da Síria.
Os médicos que assistiram os sobreviventes denunciaram ter detetado sintomas de intoxicação por agentes químicos, como falta de ar, dilatação das pupilas, convulsões, espuma na boca.
A oposição síria responsabiliza o regime, mas Damasco nega e a Rússia, aliada do Governo sírio, argumenta que aviões sírios bombardearam a cidade com armamento convencional que atingiu um depósito de substâncias tóxicas dos rebeldes.
A Turquia, para onde foram transportados cerca de 60 feridos, três dos quais acabaram por morrer, anunciou hoje que as autópsias confirmam o uso de armas químicas.