Um investigador do Conselho Superior de Investigações Científicas espanhol avaliou o fenómeno vulcânico que se vive em El Hierro e salientou que a principal preocupação agora é saber "onde estão as bocas" de erupção.
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Ramón Ortiz explicou que "o magma está a sair ao lado da fissura de vários quilómetros de comprimento", pelo que "não faz sentido falar em bocas eruptivas". O porta-voz da equipa, que monitoriza o vulcão 24 horas por dia, acrescenta que "o problema fundamental é saber onde estão as bocas".
Ortiz apresentou todas as hipóteses, sublinhando a possibilidade de o magma sair pela fissura, junto à costa, a meio da ilha, ou, por outro lado, prolongar-se para sul, para águas mais profundas. Citado pelo "El Mundo", o cientista estipula um prazo: "Iremos descobrir em poucas horas, talvez num par de dias".
"A situação está feia, pois não se sabe o que irá acontecer", acrescentou alegando que, desde a passada quarta-feira, não se registaram evoluções significativas.
Atracção para os habitantes
Após a confirmação de o vulcão não constituir um perigo directo, todo o fenómeno, seguido pelos habitantes, é encarado como uma atracção da ilha. A população procura locais para ver as duas manchas verdes da água, originadas por restos de erupções, ambas situadas a menos de dois quilómetros da costa de La Restinga.
Para a actividade piscatória a situação é diferente. Temendo as substâncias perigosas libertadas pelas fendas da crosta, os pescadores da zona optaram por suspender as actividades e ancorar a frota até uma limpeza das águas.