Pelo menos três pessoas morreram no Mali após o golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré, segundo dados da Amnistia Internacional.
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Fonte militar, citada pela agência noticiosa AFP, deu conta de apenas um morto entre os militares amotinados, mas a Amnistia Internacional indicou que três pessoas foram mortas a tiro.
Segundo a Cruz Vermelha do Mali, cerca de 40 pessoas ficaram também feridas nos últimos dois dias em Bamako e Kati, entre as quais "três a quatro civis", a maioria por ter sido atingida por balas perdidas.
De acordo com fonte militar leal ao governo maliano, citada pela agência noticiosa AFP, o presidente encontra-se "bem" num acampamento militar.
Militares do Mali tomaram o poder em Bamako na quinta-feira, após várias horas de combates com a guarda presidencial, afirmando ter deposto Mamadou Toumani Touré.
Na origem do golpe de Estado, em que morreram pelo menos 50 membros da guarda presidencial, estará o descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no Norte do país.
Os militares decretaram a dissolução de "todas as instituições" e um recolher obrigatório entre as 18.00 horas e as 06.00 horas locais, fecharam as fronteiras do país "até nova ordem" e pediram aos funcionários para regressarem ao trabalho na próxima terça-feira, dia 27.
Várias pessoas foram detidas, entre as quais membros do Governo de Touré e chefes militares leais ao Executivo maliano em Gao.