A União Europeia apoiou, este domingo, o envio para a República Centro-Africana de dois mil soldados da Comunidade Económica de Estados da África Central e exortou todas as partes no país a manterem a calma.
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A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, assinalou em comunicado a preocupação "pela contínua deterioração da situação de segurança" na República Centro-Africana e as supostas violações dos direitos humanos pela coligação rebelde Séléka, no poder.
Catherine Ashton apelou ao fim "dos saques" e "dos abusos" no país e apelou a todas as partes para tomarem "medidas concretas para proteger a população civil, restaurar a ordem pública e a segurança e terminar com o recrutamento e utilização de crianças em grupos armados".
A chefe da diplomacia europeia expressou ainda satisfação pela decisão dos líderes da Comunidade Económica de Estados da África Central (CEEAC) em aumentar "significativamente" a força multinacional enviada para a República Centro-Africana e reiterou a condenação da tomada do poder pela Séléka.
Em 24 de março, as forças do Séléka derrubaram num golpe de Estado o Presidente François Bozizé, que também subiu ao poder através de uma rebelião militar em 2003 e que aguarda pelo exílio num país da África ocidental.
Desde a tomada do poder pelo Séléka registaram-se vários confrontos, que já causaram pelo menos 119 mortos e 456 feridos, de acordo com um balanço da Cruz Vermelha centro-africana.
Reunidos quinta-feira numa cimeira extraordinária em N'Djamena, capital do Chade, os líderes dos países da África Central decidiram enviar mais dois mil militares para a República Centro-Africana.