Vice-presidente venezuelano diz que direita está "enlouquecida" e que Chávez "está para ficar"
O vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua, criticou este domingo a direita do país por considerar estar "enlouquecida" por "inventar" um alegado agravamento da saúde do presidente e garantiu que Hugo Chávez "está para ficar".
Corpo do artigo
"Anda a direita nacional e internacional enlouquecida, esfregando as mãos e gozando com a saúde do presidente, inclusivamente falando da morte do presidente", disse Jaua numa cerimónia oficial transmitida pela televisão estatal venezuelana.
"Chávez está para ficar", disse o responsável ao sublinhar que o presidente venezuelano "está a recuperar para continuar a batalha".
O vice-presidente da Venezuela afirmou que a direita anda "como no 11 de Abril", fazendo referência àquela data de 2002, quando um golpe de Estado derrubou Chávez por 48 horas, e salientou que essa corrente "não perde oportunidade para revelar o seu carácter profundamente anti-democrático".
"Sabem que não podem ganhar umas eleições ao nosso comandante Hugo Chávez, por isso andam sempre à espera de qualquer situação para tentar dar um golpe", acrescentou Jaua.
"Os tempos dos golpes das direitas na Venezuela" acabaram porque "há aqui um povo com uma consciência blindada e com coragem para defender a sua revolução, o mandato do presidente Hugo Chávez, a soberania e independência nacional", observou.
Hugo Chávez voltou este domingo a escrever no Twitter para comentar a deslocação a Cuba dos seus familiares para o visitarem e felicitar os seus ministros pela actividade política de sábado, quando existem rumores sobre um eventual agravamento do seu estado de saúde.
O jornal El Nuevo Herald de Miami avança este domingo que Chávez atravessa um quadro clínico "crítico", citando fontes dos serviços secretos norte-americanos, sem confirmar se o presidente venezuelano está a receber tratamento a um cancro da próstata, uma doença cada vez mais comentada "nas altas esferas venezuelanas".
"Encontra-se num estado crítico, não grave, mas sim crítico, complicado", explica o jornal, citando fontes que pediram anonimato.
O presidente da Venezuela foi operado de urgência em Havana a 10 de Junho a um "abcesso pélvico" quando finalizava um périplo pelo Brasil, Equador e Cuba.