O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assegurou aos ucranianos que sairão vitoriosos da guerra com a Rússia, numa declaração a propósito dos 100 dias do conflito.
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"A vitória será nossa", disse Zelensky num vídeo de 36 segundos publicado na rede social Instagram sobre a passagem, esta sexta-feira, do centésimo dia da invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.
"Os representantes do Estado estão aqui, a defender a Ucrânia desde há cem dias", acrescentou.
No vídeo, filmado em frente à sede da Presidência em Kiev, Zelensky tem a seu lado, entre outros, o primeiro-ministro, Denys Chmygal, e o líder do partido no poder, David Arakhamia.
O vídeo lembra uma mensagem idêntica divulgada em 25 de fevereiro, o dia seguinte ao início da invasão russa, em que Zelensky aparece no mesmo local e com os seus colaboradores mais próximos para tranquilizar os ucranianos.
"Estamos todos aqui, o nosso exército está aqui, cidadãos, sociedade, estamos todos aqui a defender a nossa independência, o nosso Estado", disse Zelensky na altura, depois de ter rejeitado uma oferta dos Estados Unidos para abandonar o país.
A passagem dos 100 dias da invasão russa também foi assinalada por uma declaração do chefe do Governo ucraniano, em que Chmygal afirmou que a Ucrânia está a avançar para a "família europeia".
"A Ucrânia está a avançar confiantemente para o seu objetivo: viver num país democrático e livre no seio da família europeia" disse Chmygal numa mensagem na plataforma de mensagens Telegram.
Já a Rússia está "a aproximar-se da vida por detrás da Cortina de Ferro e do isolamento do mundo desenvolvido", disse.
Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano aproveitou os 100 dias da invasão para recordar as condições para a Ucrânia ganhar a guerra.
A Rússia tornou-se o Estado mais sancionado do mundo
"Os principais pilares da nossa vitória continuam a ser os mesmos: máxima pressão de sanções sobre a Rússia, fornecimento das armas necessárias e concessão à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão plena à União Europeia (UE)", lê-se num comunicado citado pela agência Ukrinform.
O ministério liderado por Dmytro Kuleba pediu à comunidade internacional para manter um apoio constante à Ucrânia para "pôr termo aos crimes da Rússia contra o povo ucraniano" e à "chantagem do mundo inteiro" que acusou Moscovo de estar a fazer com a escassez alimentar.
Nos 100 dias que leva a guerra, a Rússia "não alcançou o seu principal objetivo: a conquista da Ucrânia", disse a diplomacia ucraniana.
"A Rússia tornou-se o Estado mais sancionado do mundo, e as suas atividades em organizações internacionais e a sua participação em eventos internacionais foram significativamente restringidas ou suspensas", acrescentou.