Elon Musk tornou-se o único diretor do Twitter depois de finalizar a compra da plataforma e dissolver o conselho de administração, de acordo com documentos apresentados esta segunda-feira à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
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Segundo os documentos, a "conclusão da Fusão" ocorreu em 27 de outubro, quando "Musk se tornou o único diretor do Twitter", enquanto todo o conselho, incluindo o CEO Parag Agrawal, foi demitido.
Quando fez a sua oferta inicial de compra em abril, Musk - também CEO da Tesla e da SpaceX - afirmou que pretendia remover o Twitter do mercado público. Quando o multimilionário tentou desistir do acordo, o Twitter processou Musk num tribunal de Delaware. Mas com uma data de julgamento iminente em outubro, Musk voltou ao acordo no início do mês, selando a aquisição em 54,20 dólares por ação na semana passada.
Depois de mudar a sua biografia no Twitter para "Chief Twit", Musk terá trabalhado no fim de semana com engenheiros de software da Tesla na plataforma e planeou demissões em massa. O empresário tentou acalmar os nervos dos anunciantes, a principal fonte de receita do Twitter, assegurando-lhes que o site não se tornaria uma "paisagem infernal livre para todos", e anunciou a formação de um conselho de moderação de conteúdo.
A nova entidade liderada por Musk formada sob o acordo de fusão também se ofereceu para recomprar todos os títulos em circulação do Twitter, de acordo com o documento da SEC.
Musk, a pessoa mais rica do mundo, financiou o enorme negócio com uma mistura dos seus próprios fundos, dinheiro de outros grupos de investimento e empréstimos de bancos que terão de ser reembolsados. De acordo com outro documento do Twitter arquivado na SEC, o príncipe saudita Al-Waleed Bin Talal tornou-se o segundo maior acionista do site.