Grupo já anunciou que quer passar a operar entre Faro e Braga.
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A empresa B-Rail, do grupo Barraqueiro, é o único operador que manifestou até ao momento intenção de entrar na exploração do transporte ferroviário, mas decidiu aguardar que esteja disponível o troço de alta velocidade. A B-Rail já notificou por três vezes a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes desta intenção.
Primeiro, anunciou que pretendia chegar ao mercado em janeiro deste ano, com comboios de passageiros a circularem no eixo Braga-Faro. Meses depois, a pretensão foi adiava para janeiro de 2025 e passou a incluir comboios de alta velocidade. Em dezembro passado, na mais recente notificação, a empresa aponta nova data: janeiro de 2029.
Fonte oficial da B-Rail adiantou ao JN que o adiamento se deve a um "ajustamento processual do projeto face à disponibilidade do primeiro troço da alta velocidade previsto para 2029, mantendo-se a intenção de entrar em serviço logo que estejam criadas as condições, ao nível da infraestrutura, ajustadas ao modelo de exploração pretendido".
Investir 300 milhões
"Mantêm-se as ligações entre Faro e Braga, com eixo principal Lisboa-Porto com 12 ligações diárias em cada sentido", acrescenta a mesma fonte, explicando que os horários "estão dependentes das características de exploração dos novos troços da alta velocidade que ainda não são conhecidas".
O valor do investimento "pode chegar aos 300 milhões de euros" e a exploração deverá manter-se "enquanto se mostrar viável e rentável". De acordo com a IP, quando a nova linha de alta velocidade estiver pronta, será possível ligar Porto e Lisboa numa hora e 15 minutos.