Começou por ser uma forma de ocupar o tempo durante o confinamento provocado pela pandemia para se tornar no sonho da vida do casal Cláudia Gomes e Paulo Santos. Juntos criaram a Mineral Organic Crafts, que produz ambientadores sólidos de forma artesanal, e hoje o negócio é um sucesso.
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"Comecei a fazer as primeiras peças quando trabalhava na organização de eventos que serviam como lembranças para os convidados, mas foi durante a pandemia que as coisas começaram a ganhar forma e comecei a ter pedidos para revenda. Ia para os correios cheia de sacos feita tolinha", recorda Cláudia, que, com o marido, criou a Mineral Organic Crafts e produz os ambientadores sólidos de forma artesanal.
Trata-se de peças feitas em pó cerâmico de elevada qualidade a que são adicionados minerais que conferem à peça maior resistência e cujos poros fechados permitem preservar o perfume durante mais tempo.
"É todo um processo artesanal e que privilegia matérias-primas orgânicas e biodegradáveis, sendo a ética ambiental uma prioridade para este nosso projeto", acrescenta a artesã, recém-encartada profissionalmente pelo Cearte, Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património.
Essência proveniente da maior destilaria do Mundo
Das mãos de Cláudia saem flores, asas de anjos, conchas para batizados, estatuetas, telas perfumadas e peças de bijutaria. É delas que a fragrância é libertada, de forma passiva, em gavetas, roupeiros ou automóveis. A essência utilizada é proveniente da maior destilaria do Mundo, localizada em Genebra, que abastece as melhores casas de perfumaria.
Perante o sucesso da nova empresa, Paulo deixou o emprego e está na Mineral a tempo inteiro, tem a seu cargo a logística, estando a fazer formação em web design e a construir a loja online que será lançada em setembro.
A Mineral tem já 38 postos de revenda em Portugal e no estrangeiro e o casal divide o tempo que resta em feiras e certames para assim promover os produtos. "Acho que fui abençoada porque o universo colocou-me nas mãos este projeto na altura certa. O facto disto ter acontecido em pandemia foi uma aventura para nós", salienta Cláudia Gomes.
Entretanto, o casal encetou "o projeto dentro do projeto" ao adquirir uma degradada moradia dos anos 60, em Sermonde, Gaia, para ali criar um ateliê, showroom e área de bem-estar e acolhimento para visitantes.