O congresso nacional do CDS-PP decorrerá nos dias 12 e 13 de março, de acordo com a data proposta pela direção ao Conselho Nacional, que está reunido esta sexta-feira à noite em Lisboa.
Corpo do artigo
Entretanto, as manifestações de apoio a Nuno Melo para a liderança do CDS-PP estão a ser geridas de forma cautelosa, com vários democratas-cristãos, incluindo dirigentes, a esperarem que o eurodeputado anuncie a sua candidatura na próxima terça-feira. Esta sexta-feira, na reunião do Conselho Nacional destinada a marcar o congresso, que decorrerá no Grande Porto ou na zona de Lisboa, todos procuravam centrar as atenções em Paulo Portas, que deixa a presidência do CDS, para a qual foi eleito pela primeira vez há 18 anos.
Quer Nuno Melo, quer a ex-ministra Assunção Cristas têm mantido reserva sobre a possibilidade de avançarem. No CDS, era hoje ponto assente que só após o Conselho Nacional será tempo de discutir a sucessão. O tom geral era de agradecimento ao líder que, na última Comissão Política, anunciou que não se vai recandidatar.
Certo é que no CDS os olhos estão há muito postos em Nuno Melo, vice-presidente que vai somando apoios mas que remeteu a sua decisão para a próxima semana.
Entretanto, discute-se já a possibilidade de trocar o Parlamento Europeu pelo nacional. Suplente na lista por Braga, poderá entrar se a deputada Vânia Silva renunciar e se os dois candidatos seguintes também abdicarem do lugar.
"Não me choca que durante algum tempo se mantenha como eurodeputado", disse ao JN Altino Bessa, líder da Distrital de Braga, defendendo que esta é uma "decisão pessoal", tal como a de se candidatar. "E esta vontade tem de ser genuína", sublinhou, após referir que Nuno Melo "já percebeu que o partido quer que seja presidente" e que "já tem apoios suficientes", nos quais se inclui. Posteriormente, colocando-se a questão de entrar para a Assembleia, está certo de que "não haverá entraves".
Filipe Lobo d" Ávila, porta-voz do CDS que apoia Nuno Melo para a liderança, também afirma que, se decidir candidatar-se, "ele próprio enquanto futuro líder não deixará de tomar essa decisão", que não considera ser prioritária.