Dois candidatos de Rui Rio não passam na Jurisdição

Numa reunião que se prolongou pela madrugada, o Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) do PSD conclui que os candidatos indicados pela Direção Nacional do PSD para as câmaras de Barcelos e de Castelo Branco não cumpriram as regras do partido.

No caso de Castelo Branco, o CJN considera que a concelhia e a distrital, que aprovaram o nome de Carlos Almeida, foram ultrapassadas pela liderança de Rui Rio, que escolheu o independente João Belém, sem sequer se pronunciar sobre a opção das estruturas locais.

Em Barcelos, concelhia e distrital de Braga tinham aprovado o nome de João Sousa mas a Direção do partido avançou com Mário Constantino.

A derrota de Rui Rio no órgão presidido por Paulo Colaço não deverá ter, porém, qualquer consequência prática. Ou seja, a decisão do CJN não deverá deixar o partido órfão de candidato em Barcelos e Castelo Branco, uma vez que basta as estruturas locais aprovarem o nome escolhido por Rui Rio.

Na reunião do CJN também estavam em cima da mesa queixas quanto aos processos de escolha de candidatos autárquicos em Vila Nova de Paiva e na Guarda.

No caso de Vila Nova de Paiva, as estruturas locais aprovaram o nome de António Tavares. Mas a liderança decidiu apostar no atual presidente da Assembleia Municipal, eleito pelo PS, José Manuel Rodrigues.

Na Guarda, Rio avançou com o atual presidente da Câmara, Carlos Chaves Monteiro, quando as estruturas locais tinham aprovado a candidatura do líder concelhio. Sérgio Costa ameaça concorrer como independente.

Os casos de Vila Nova de Paiva e da Guarda ainda não foram completamente analisados. Segundo apurámos, estarão em cima da mesa numa próxima reunião do CJN, que solicitou mais informações às estruturas locais do partido,

O JN tentou obter esclarecimentos junto do presidente do CJN. Mas Paulo Colaço não se revelou disponível.