A Santa Casa da Misericórdia do Porto inaugurou ontem as novas instalações para a Imprensa em Braille, no Centro Professor Albuquerque e Castro (à Rua de Costa Cabral).
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O objetivo é criar "um mundo mais inclusivo", através da tradução de livros, revistas e ementas em braille, refere o provedor António Tavares.
Uma das novidades é o regresso da edição em braille do JN, que terá uma tiragem de aproximadamente mil exemplares e deverá chegar a países de língua oficial portuguesa.
O Centro conta com 14 trabalhadores, seis dos quais cegos, que ajudam na transcrição e revisão dos textos.
José Bernardino, chefe de secção, explicou o processo. "As folhas de papel são prensadas numa placa de alumínio para ganharem relevo e poderem ser revistas. Posteriormente, são impressas e embaladas para enviar aos clientes". "O principezinho", de Saint-Exupéry, ou "A mensagem", de Fernando Pessoa, são exemplos dos cerca de mil livros já traduzidos. Também a mapa da rede de metro do Porto terá uma edição para invisuais.