Os estímulos exteriores diminuem o rendimento? Depende. Ouvir música e de que estilo, ver televisão e que programa, andar ou não de fones. Às vezes, sim. Às vezes, não.
Corpo do artigo
Ir para o ginásio ao início da manhã ou ao fim da tarde, a que horas for, e ouvir a seleção musical que sai pelas colunas enquanto se exercita o corpo. Ou levar auriculares nos ouvidos com as músicas que fazem sentido naquele momento, seja dentro dessas quatro paredes ou quando se anda ao ar livre. Cada um sabe quais são essas melodias, essas canções. Ou fazer exercício com a televisão ligada e deixar naquele canal com os programas a correr ou então optar por uma série ou um filme enquanto se caminha ou se corre na passadeira (jogos de futebol não são aconselháveis). Os estímulos à volta, enquanto se exercita o corpo, são focos de distração ou de concentração? Onde deve estar a cabeça para tirar o máximo de rendimento?
Nélson Fernandes é personal trainer (PT) e está habituado a trabalhar com uma diversidade de gente que exercita o corpo, seja diariamente ou semanalmente, seja que periodicidade for. Há pessoas mais comprometidas e focadas do que outras nesta parte das suas vidas. Em seu entender, a expressão cada caso é um caso aplica-se aqui na perfeição. “Há pessoas que usam a raiva, o que é menos bom, para treinar, para dar ânimo. E há pessoas que são mais felizes a treinar com outro tipo de estímulos. Cada um deve encontrar a sua força interior e usá-la”, sublinha. É um bom ponto de partida até porque há quem sinta o desporto como o melhor antidepressivo dos dias que correm.