O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P) anunciou esta sexta-feira greve a todas as avaliações finais, de todos os ciclos e anos. Foi ainda anunciada greve a todo o serviço na próxima semana.
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"Foram as duas formas de luta principais e já estamos a preparar o início do próximo ano letivo se o ministro não ceder, porque os profissionais da educação não podem continuar a perder direitos e a não ser dignificados", aponta o responsável do S.TO.P, André Pestana.
Esta semana, outras nove organizações sindicais de professores tinham anunciado greves às avaliações finais e aos exames, que começam a 9 de junho.
O Ministério da Educação já anunciou que vai solicitar serviços mínimos para os exames do 12.º ano, sendo que o departamento jurídico do S.TO.P já está a analisar a legitimidade dessa solicitação.
"O S.TO.P já ganhou duas ações que mostravam que os serviços mínimos eram ilegais. Não foi um colégio arbitral, não foi um parecer, foram os tribunais", lembra o responsável.
Para André Pestana, "os profissionais de educação estão cansados e já não compensa ser professor e ir dar aulas para Lisboa ou para o Algarve, porque é insustentável. Já para não falar das carreiras indignas, há pessoas com 35 anos de dedicação à escola pública que levam 709 euros para casa. Estamos aqui a zelar por uma escola pública de excelência", completa.