O director-geral da Saúde, Francisco George, defendeu hoje, quarta-feira, que as pessoas devem continuar a vacinar-se contra o vírus H1N1.
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Numa circular enviada a todos os estabelecimentos de saúde, a que a Agência Lusa teve acesso, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) determina, "a partir de agora", a suspensão dessas medidas que visaram "assegurar o distanciamento social e o reforço das medidas de higiene", implementadas no âmbito do Plano de Contingência da Gripe.
Em declarações à Lusa, Francisco George afirmou que "todas as medidas de carácter excepcional que tinham sido activadas [devido à pandemia] deixam de ter indicação, atendendo ao declínio comprovado da actividade viral provocada pela estirpe H1N1".
"Há aqui um período onde confirmadamente não há circulação do vírus pandémico e não faz sentido continuar a utilizar essas medidas, nomeadamente aquelas que implicavam apoio ou distanciamento social e a desinfecção das mãos com um gel", referiu.
Devido ao vírus H1N1 continuar a circular e estimar-se que venha a ser "preponderante como causa principal da gripe no próximo Outono", Francisco George afirmou que "faz todo o sentido recomendar a vacinação".
Em função da situação epidemiológica que vier a ser identificada no Outono, "as medidas serão recomendadas de forma adequada", avançou à Lusa.
Apesar da suspensão das medidas, Francisco George sublinhou que continuam a estar "totalmente indicadas, em termos de procedimento individual, a lavagem das mãos", mas sem usar desinfectante.
A gripe A (H1N1) fez mais de 17 mil mortes no mundo e 122 em Portugal.