JMJ: moradores e trabalhadores precisam de salvo-conduto para andar de bicicleta perto do recinto
O plano de mobilidade da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) proíbe a circulação de bicicletas e trotinetes nas zonas "amarela" e "vermelha", ou seja, as que estão mais próximas dos recintos onde decorrerão as cerimónias. Moradores e trabalhadores serão exceções, mas precisarão de salvo-conduto para o fazer.
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O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, revelou que os moradores próximos das áreas críticas precisarão de "um salvo-conduto" para circular de bicicleta ou de trotinete dentro desses perímetros. A regra aplica-se tanto a bicicletas e trotinetes da rede pública como as que são propriedade pessoal.
Também os trabalhadores das áreas afetadas terão de estar munidos de uma autorização, no caso emitida pela entidade patronal. "É um esquema parecido com o da covid", salientou o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro.
Este responsável explicou que a decisão de impedir a circulação de bicicletas e trotinetes nas zonas críticas teve a ver com o "efeito grave" que estes meios de transporte poderiam ter no elevado número de peregrinos que se deslocarão a pé, devido às velocidades que podem atingir. Assim, a organização entendeu que era necessário "regulá-los".
"Ninguém tem prazer em cortar absolutamente nada", garantiu Magina da Silva. Explicou que a zona da Avenida da Liberdade, em particular, vai dar "muito trabalho" às autoridades, devido à sua extensão e à necessidade de garantir a segurança dos peões e a circulação e estacionamento dos autocarros.
No centro da cidade, as zonas "amarela" e "vermelha" correspondem, grosso modo, às áreas entre o Parque Eduardo VII e o Terreiro do Paço. Já no Oriente, compreendem a faixa entre o Parque das Nações e Loures.