Rui Rio desafiou o deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro a explicar a SMS em que o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes admitiu conhecer a operação de recuperação das armas de Tancos. Só aí admite deixar de abordar o caso.
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O presidente do PSD quer que Barbosa Ribeiro, ex-presidente da concelhia do PS/Porto, à qual Azeredo Lopes está ligado, explique o contexto em que foi trocada a SMS sobre a descoberta do armamento e na qual o Ministério Público baseia a sua acusação ao ex-ministro da Defesa. Rio garante que só falou no caso perante aquela prova que a investigação acabou por identificar.
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"O PS escusa de estar muito preocupado com o caso Tancos. Porque sobre Tancos já dissemos tudo o que tínhamos a dizer. Se estou aqui a falar é comentar o que o PS disse. Se o PS quer tirar Tancos da campanha já teve oportunidade de o tirar, já dissemos o que tínhamos a dizer", disse, após uma visita à Adega Cooperativa de Monção.
Se os socialistas quiserem tirar da agenda tal tema, reforça Rio, então que Barbosa Ribeiro venha a terreiro. "Para eu não dizer isso [de que Azeredo sabia da encenação], é preciso que o deputado do PS venha a público dizer que o SMS que recebeu do então ministro da Defesa não existe e foi inventado pelo Ministério Público. Se ele disser isso, que aquele SMS não existe e foi inventado pelo Ministério Público, obviamente que aí tenho de raciocinar de uma forma completamente diferente", frisou.
Tiago Barbosa Ribeiro já falou no domingo sobre o assunto, recusando esclarecer a SMS. Rio admitiu que o que viu "foi o deputado a meter os pés pelas mãos e a perceber-se claramente que o Ministério Público não inventou a SMS".
A mensagem em questão ocorreu a 18 de outubro de 2017, após Barbosa Ribeiro enviar a Azeredo Lopes a seguinte SMS: "Parabéns pela recuperação do armamento, grande alivio,..! Não te quis chatear hoje".
Azeredo Lopes reagiu. "Eu sabia, mas tive de aguentar calado a porrada que levei", retorquiu.