De Londres aos Emirados Árabes, há mudanças nos transportes, fontes de energia e proteção de recursos.
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São várias as cidades por todo o Mundo que estão a implementar medidas para reduzir o seu impacto no ambiente. É o caso de Londres, que ampliou a sua Zona de Emissões Ultrabaixas, tornando-a a maior da Europa. Já Paris tem em curso a construção de 650 quilómetros de novas ciclovias e até 2026 quer que as bicicletas possam circular à vontade em toda a zona urbana. Bogotá, por seu lado, tem 75 quilómetros de ruas interditas a carros.
Amesterdão, considerada uma das cidades mais verdes da Europa, está a trabalhar para que todos os meios de transporte tenham zero emissões, algo que, segundo a autarquia, acontecerá no centro da cidade já em 2025. Também os canais de água serão descarbonizados até essa data, o que implicará que os 7000 barcos que circulam nos canais tenham de se converter em elétricos (para impulsionar a mudança, os que forem livres de emissões têm um desconto de 70% em taxas portuárias).
Manchester, no Reino Unido, é outro exemplo de uma cidade que está a fazer mudanças. No âmbito do plano de ação climática, as emissões de carbono foram reduzidas em quase 55% entre 2010 e 2020.
Eficiência energética
Além das mudanças na mobilidade, várias apostam na eficiência energética dos edifícios. Neste aspeto, a cidade de Ulm (Alemanha) apresenta o edifício Energon, que gasta 75% menos de energia do que outros do género para manter a temperatura. Em causa técnicas passivas que incluem canais subterrâneos ao redor do edifício (puxam o ar, que é aquecido ou arrefecido através de fontes naturais no subsolo).
Nos Emirados Árabes Unidos, a cidade de Abu Dhabi foi recentemente construída tendo em conta poupança de recursos. Tem prédios baixos que são energeticamente eficientes, bom transporte público e recorre a energia renovável. Sensores de movimento controlam a iluminação e a água para reduzir o consumo de eletricidade e água em 51% e 55%, respetivamente.
O Reino do Butão é também um bom exemplo em termos ambientais, já que o país retira quase três vezes mais CO2 do que produz (emite menos de 2,5 milhões de toneladas de CO2 por ano). Cerca de 70% da sua área está coberta por florestas, que absorvem dióxido de carbono, o setor agrícola predomina e a eletricidade é produzida em hidroelétricas.
A proteção ambiental está consagrada na Constituição do Butão, que obriga a que a cobertura florestal abranja no mínimo 60% da área do país.
Poluição
As cidades consomem 65% da energia e emitem 70% dos gases com efeito de estufa
Compromisso
Há 25 cidades que assumiram o compromisso de serem neutras em carbono até 2050.