Mais de seis mil famílias já pediram apoio para trocar esquentador e fogão a gás

A plataforma esteve em baixo várias horas e, ao longo de todo o dia, foram registados quase 400 mil acessos em simultâneo. Ainda assim, o Ministério do Ambiente e Energia avança que, ao final da noite, já estavam registadas quase 2000 candidaturas, quando se notou uma "redução de acessos". O aviso encerra a 30 de junho de 2026 ou até esgotar a dotação prevista. Se houver uma nova afluência à página, a tutela não descarta novos problemas.

O E-Lar está orçamentado em 40 milhões de euros, 30 milhões do PRR e 10 milhões do Fundo Ambiental. No entanto, a ministra do Ambiente admitiu, na terça-feira, a possibilidade de aumentar estas verbas no caso de esgotarem rapidamente. A solução encontrada passa por realocar os fundos destinados aos "Bairros + Sustentáveis" para este programa, totalizando 60 milhões de euros.

Mas há mais novidades. Depois de a Deco alertar que a substituição de esquentadores a gás pelos termoacumuladores previstos no programa - de classe A e com pouca capacidade (30 litros) -, agravavam em 360 euros a fatura da luz, o Governo alargou a oferta dos equipamentos para aquecer a água até à classe energética B. Esta alteração permite a compra de um termoacumulador com mais capacidade, mas menos eficiente.

Apoios com valores diferentes

Para as famílias vulneráveis, isto é, abrangidas pela tarifa social da energia, o apoio ascende a 1683 euros, onde se inclui 50 euros pelo transporte e de 100 a 180 euros para a instalação dos eletrodomésticos. Para as restantes famílias, sem apoios sociais, o vale é de 1100 euros sem IVA. Ou seja, os consumidores terão sempre que desembolsar o IVA, mesmo que a compra não esgote o valor definido. Os custos de transporte e instalação também não estão incluídos naquele limite máximo.

Os aparelhos antigos terão de ser recolhidos pelos fornecedores. O formulário para aceder ao vale E-Lar está disponível no site do Fundo Ambiental. Mas há mais: o cupão para trocar os eletrodomésticos a gás por elétricos, como fornos, placas e termoacumuladores é de utilização única, obrigando o consumidor a comprar todos os equipamentos no mesmo fornecedor e na mesma compra.

Também há montantes máximos definidos por eletrodomésticos para os diferentes grupos de pessoas. Saiba quais são aqui:

Montantes máximos elegíveis por equipamentos para os consumidores sem apoios sociais:

- Placa elétrica de indução: 300 euros/sem IVA
- Placa elétrica convencional: 146 euros/sem IVA
- Conjunto elétrico (placa e forno): 600 euros/sem IVA
- Forno elétrico: 300 euros/sem IVA
- Termoacumulador elétrico ("cilindro"): 500 euros/sem IVA

Montantes máximos para beneficiários da tarifa social de energia e do apoio "Bairros Mais Sustentáveis" (com IVA/incluído):

- Placa elétrica de indução: 369 euros
- Placa elétrica convencional: 179,60 euros
- Conjunto elétrico (placa e forno): 738 euros
- Forno elétrico: 369 euros
- Termoacumulador elétrico: 615 euros