O ministro das Finanças afirmou esta sexta-feira, no Parlamento, que a aprovação do Orçamento do Estado (OE) "encerra o último capítulo de uma crise política desnecessária e prejudicial". Fernando Medina prometeu que o PS e o Governo continuarão a ser "uma maioria de diálogo".
Corpo do artigo
Na última intervenção em plenário antes da votação final global, Medina afirmou que o país "precisa com urgência" do OE, de modo a recuperar a "estabilidade" e a implementar uma série de reformas modernizadoras e transformadoras".
"O OE sai melhor desta casa com a aprovação de mais de uma centena de iniciativas", vincou o ministro, embora essa contagem inclua as propostas do PS (todas elas receberam luz verde). Medina referiu que "todos os que quiseram dialogar encontraram uma porta aberta", elogiando PAN e Livre - os partidos que viram mais diplomas aprovados - e saudando também o PSD e a IL.
Para PCP e BE, reservou palavras menos calorosas: "Mantivemos integralmente os acordos à Esquerda, porque as soluções encontradas se mantêm relevantes e porque, ao contrário de alguns, não renegamos nem desvalorizamos o percurso feito nas anteriores legislaturas", atirou, aludindo às negociações do OE que, no final de 2021, já tinham sido feitas com comunistas e bloquistas.
O Orçamento do Estado para 2022 foi aprovado com os votos do PS, a abstenção de PAN, Livre e dos três deputados do PSD-Madeira, com a viabilização a ocorrer exatamente sete meses depois de a versão inicial ter sido chumbada. Todos os outros partidos votaram contra, não tendo poupado nas críticas ao documento e às opções do Governo.
O diploma deverá entrar em vigor em julho.