Pedro Passos Coelho reafirmou esta quinta-feira que quando António Costa não tiver o apoio de que necessita dos partidos com quem se decidiu entender para formar Governo, não deve esperar o apoio do PSD. E deve demitir-se.
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"No dia em que o nosso apoio possa ser decisivo para alcançar algum resultado essencial que a maioria que suporta o Governo não for capaz de garantir, apenas esperamos que tenha a dignidade de disso tirarem a consequência natural e devolverem a palavra ao povo, para que seja dessa feita ele mesmo a escolher o futuro Governo de Portugal", disse Pedro Passos Coelho a fechar a sua intervenção, no encerramento do debate do programa do Governo no Parlamento.
"Quem perdeu as eleições e recusou apoio a quem ganhou não tem autoridade política para destes reclamar apoio no futuro", disse o ex-primeiro-ministro, que nunca se dirigiu a António Costa como primeiro-ministro mas como "chefe do Governo".
Passos voltou a insistir na ilegitimidade desta solução de governo, que classificou como "os derrotados das eleições", considerando que essa será "a marca genética deste novo Governo".
"Este Governo, assim como o seu chefe, não foram escolhidos pelo povo, foram escolhidos pelos deputados em nome do povo mas nas costas do povo", sublinhou.