A convenção da IL rejeitou, com 779 votos a favor, 133 contra e 176 abstenções, a proposta que pretendia que a eleição do novo líder fosse a uma segunda volta, caso nenhum dos três candidatos conseguisse pelo menos 50% dos votos à primeira. Segundo a Mesa da Convenção Nacional, a proposta, feita pelo candidato José Cardoso, era "claramente contrária aos estatutos" da IL. Este reagiu criticando a Mesa: "Faz-me confusão que o árbitro tome partido".
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Antes da votação, Mariana Leitão, a presidente da Mesa, anunciou que o referido órgão tinha rejeitado, por unanimidade, a proposta para que a segunda volta ficasse prevista. A responsável considerou que alterar o regimento em plena convenção significaria "mudar as regras a meio do jogo", já que este tinha sido aprovado, sem votos contra, em Conselho Nacional.
Mariana Leitão considerou que, caso a segunda volta fosse agora aprovada, a convenção "ficaria sujeita a ser impugnada" no futuro - o que anularia a eleição do novo líder, que ocorrerá neste domingo. "O respeito pelas regras é o princípio fundamental do liberalismo", frisou.
José Cardoso, que tomou a palavra de seguida, lembrou que, enquanto "órgão máximo" da IL, a convenção poderia alterar o regimento "se quisesse". Para o candidato, um líder "só está legitimado verdadeiramente" com mais de 50% dos votos. "Os outros partidos já o perceberam, considerou.
Cardoso também revelou ter recebido o parecer do Conselho de Jurisdição - que validou a decisão da Mesa - "às 9 da manhã" deste sábado. "É um expediente muito utilizado pelo Conselho Nacional do nosso partido: mandar as coisas em cima da hora para que não exista contraditório", acusou, recebendo palmas.