O círculo de Coimbra elege nove deputados. São 15 as forças políticas que concorrem às legislativas, num distrito onde os mandatos são sobretudo distribuídos por PS e PSD.
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Em 2024, o PS ganhou, mas perdeu votos, elegendo quatro deputados, menos dois face a 2022. Pedro Delgado Alves, até agora sempre eleito pelo círculo de Lisboa, quer “voltar a vencer” e “manter” o número de mandatos.
Ao JN, o professor universitário, que sucedeu a Ana Abrunhosa como cabeça de lista, aponta estas eleições “como decisivas para continuar a atrair investimento e a qualificar” a região com uma “estratégia de desenvolvimento para todo o território”.
“Quando governámos sempre fomos capazes de pensar a região com dimensão metropolitana - na correção das assimetrias e resposta aos problemas da interioridade, na mobilidade, investimento em ciência e inovação ou na saúde - e um menor compromisso com essa estratégia, numa fase decisiva e de alguma incerteza como a que atravessaremos, traduz um risco real de perda de dinamismo”, afirma.
Rita Júdice, atual ministra da Justiça, é a escolha da coligação AD (PSD/CDS-PP) por Coimbra. “Gostaríamos de ter quatro [deputados], mas gostaríamos de ir além disso”, afirma ao JN.
A candidata diz que a prioridade “é continuar” o trabalho feito pelo Governo. Na área da saúde, quer “concretizar a maternidade” de Coimbra e, na justiça, que se possa “rapidamente seguir” para a fase de concurso para a empreitada do novo Palácio da Justiça.
No âmbito das infraestuturas, Rita Júdice aponta a reconversão integral do traçado do IP3 em perfil de autoestrada, para o qual “o Governo já deu o sinal” de arranque das obras, assim como o reinício das obras de conclusão do IC6. “É uma solução estrutural para combater a assimetria e aumentar a coesão territorial”, afirma, destacando ainda o novo concurso para manter Coimbra B como estação de paragem da alta velocidade.
Chega quer três deputados
O Chega, após eleger dois deputados em 2024, ambiciona agora três mandatos, segundo Paulo Seco, presidente da distrital e assessor político, que se estreia como cabeça de lista, substituindo o docente universitário António Pinto Pereira.
Paulo Seco aponta como prioridade a fixação de jovens e empresas, com a criação de alternativas fiscais. “Uma das propostas vai no sentido de baixar, por exemplo, a taxa de IRC para as empresas, para potencializar novos investimentos, aumento de salários, e, sobretudo, valorizar os cursos técnico-profissionais, fazendo a relação entre a Universidade, a população e as empresas locais”, diz ao JN. Outra proposta é baixar taxas de IRS.
À procura de um mandato
O Bloco de Esquerda, sem eleger desde 2019, apresenta Miguel Cardina, historiador e investigador, como cabeça de lista.
A Iniciativa Liberal escolheu a médica Catarina Graveto. André Chichorro de Carvalho, profissional de educação, é candidato pelo Livre.
A CDU, que elegeu a última vez em 1987, repete o advogado Fernando Teixeira e o PAN opta de novo por João Fontes da Costa, professor do ensino superior.
Os outros cabeças de lista no círculo de Coimbra são Sancho Antunes (ADN), Inês Tafula (Reagir Incluir Reciclar – RIR), Joana Bento Rodrigues (Nova Direita), Manuel Baeta (Volt), Pedro Marques (Ergue-te), João Guilherme Ribeiro (Juntos Pelo Povo) e Manuel São João (PPM).
Números
370 773 É o número de eleitores inscritos pelo círculo de Coimbra. Em 2024, eram 371 745.
65,12% dos eleitores votaram em 2024. A maior participação nas últimas 8 legislativas.
6 As vezes que o PS ganhou as eleições neste século. O PSD venceu, em coligação ou sozinho, em 2015 e 2011.
Resultados de 2024
PS - 32,67% - eleitos 4 deputados
PPD/PSD.CDS-PP.PPM - 30,58% - eleitos 3 deputados
Chega - 15,46% - eleitos 2 deputados
BE - 5,10%
IL - 3,96%
Livre- 2,84 %
PCP-PVE - 2,82 %
PAN - 1,58 %
ADN - 1,00%
R.I.R - 0,30 %
Nova Direita - 0,24%
Volt - 0,18%
Ergue-te - 0,08%
JPP - 0,08%
MPT.A- 0,06%