Rui Rio voltou a exigir a António Costa que prove que não foi "conivente" com Azeredo Lopes na encenação da recuperação das armas de Tancos.
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Mais de cinco horas após desafiar o primeiro-ministro a explicar o que sabia, o líder do PSD diz que o socialista "não tem resposta" para o país e que em causa está mais que um caso de Justiça: "é eminentemente político".
"Não me antecipei a nenhum tribunal, não quebrei a presunção de inocência de ninguém, fiz até referência que, no que concerne a Azeredo Lopes, já não é ministro há muito tempo e a Justiça vai tomar conta do caso. Agora, do ponto de vista político, temos o direito e, até como partido da Oposição, o dever de perguntar ao primeiro-ministro se sabia ou não sabia. E se sabia, obviamente foi conivente de um crime", defendeu Rio, esta quinta-feira à noite, em Leiria, numa clara crítica à reação de António Costa à exigência feita por si durante a tarde, para que revelasse o que sabe sobre o caso.
"Se não sabia e não foi conivente, então ficámos a saber que os ministros não dizem ao primeiro-ministro assuntos de maior relevo", reforçou Rio, argumentando que o caso "é eminentemente político".
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António Costa acusou Rio de "atingir a dignidade desta campanha" ao trazer para a estrada a acusação do caso da encenação da recuperação das armas de Tancos, que constituiu como arguido o ex-ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e outras 22 pessoas.
"Aquilo que o primeiro-ministro está a comentar é aquilo que eu não disse, porque não tem resposta para aquilo que eu disse", reagiu, num encontro no Mercado de Santana, em Leiria, em que também participou o ex-dirigente socialista e candidato às Presidenciais de 2016, Henrique Neto, que foi particularmente crítico para com a atuação do Governo PS.
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