Portugal somou, nas últimas 24 horas, 4336 casos de covid-19, elevando o total para quase 370 mil, no dia em que foram registados mais 75 mortes. Morte de jovem marca balanço.
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Nas últimas 24 horas, 75 pessoas morreram por causas associadas à covid-19, com o registo total de óbitos a saldar-se nos 5977. Trinta e uma vítimas foram registadas na região Norte, 27 em Lisboa e Vale do Tejo, 12 na zona Centro, 4 no Alentejo e ainda uma nos Açores.
Idosos com 80 ou mais anos continuam a ser as principais vítimas da doença - morreram 47 pessoas nessa faixa etária. Dezanove vítimas tinham entre 70 e 79 anos, seis tinham entre 60 e 69 anos, uma entre 50 e 59 anos, e outra entre 40 e 49. Há ainda a lamentar a morte de um jovem, com idade entre os 10 e os 19 anos - é o segundo doente desta faixa etária a morrer desde o início da pandemia, só seis dias depois de ter sido registada a primeira morte. Trata-se de um rapaz de 19 anos, da região de Lisboa e Vale do Tejo, que tinha uma "patologia grave associada", confirmou o JN junto da Direção-Geral da Saúde.
O número de doentes internados segue a tendência decrescente dos últimos dias: há hoje menos 81 pessoas em enfermaria (num total de 3061) e menos 10 em unidades de cuidados intensivos (total de 484).
Terceiro dia seguido de números elevados em todo o país
É o terceiro dia seguido com mais de quatro mil casos, após dois dias de "descanso", segunda e terça-feira, na ressaca de outros três dias antes, de 11 a 13 de dezembro, com números de covid-19 acima do que estimavam os especialistas após se ter concluído que o pico da infeção se tinha verificado a 25 de novembro.
Em vez dos cerca de três mil casos diários estimados para esta altura, Portugal está a registar números acima dos quatro mil: 4336 nas últimas 24 horas, segundo o balanço da Direção-Geral da Saúde (DGS), que se seguem aos 4320 de quinta-feira e aos 4720 de quarta. Três dias que pesam no total de infeções, agora de 366 952.
Por outro lado, recuperaram da doença mais 3662 pessoas, elevando o total de doentes dados como curados para mais de 290 mil. Doentes ativos superam hoje os 70 mil (aumentou 599 face a ontem).
Por regiões: Norte com dobro dos casos
A região Norte continua a ser a mais afetada, registando mais de dois mil casos em dois dos últimos três. A exceção, quinta-feira, com 1992 infeções, nem andou longe do que parece ser o "novo normal", patente nos 2182 de quarta-feira e nos 2001 desta sexta-feira. Três dias com números equivalentes aos da semana passada, que deixam a zona mais setentrional do país com mais de 190 mil infeções anotadas, desde que a pandemia assentou em Portugal.
A região de Lisboa e Vale do Tejo, a segunda mais afetada pela pandemia, soma, para não fugir à regra, o terceiro dia seguido com mais de mil casos. E, pela terceira vez consecutiva, na casa dos 1300. Depois dos 1375 de quarta e dos 1288 de quinta, a semana de trabalho termina com 1360 infeções em 24 horas. E, como no norte e no país, os números estão em linha com o que se passou na semana passada. Desde o início da pandemia, são 118 576 os afetados pela doença no entorno da capital.
Entre o Norte e RLVT, a zona Centro de Portugal, a situação é idêntica: terceiro dia com casos mais elevados que o início da semana, ainda assim o mais "leve" desde quarta-feira, mas uma situação similar ao que se passou na semana passada: após dois dias mais suaves, os casos voltaram a subir com o aproximar do fim da semana. Os números: 840 casos na quarta-feira, 731 na quinta e 674 na sexta, bem acima dos 255 de segunda-feira ou dos 436 de terça-feira, mas em linha com os registos de sexta-feira e sábado da semana passada.
O panorama é o mesmo na extensão mais a sul da Portugal, com Alentejo e Algarve a somarem, também o terceiro dia seguido com caos mais elevados que os anotados no início da semana e em consonância com o fim da semana anterior. No Alentejo foram somadas mais 195 infeções, um máximo da semana, após 169 na quinta e 177 na quarta-feira. O total vai nos 8606. Já no Algarve, com 6458 casos acumulados desde o início da pandemia, esta sexta-feira foram anotadas 67 infeções, que se seguem a 73 na quinta-feira e a outras 67 na quarta.
Nos Açores, depois do recorde de 62 casos na segunda-feira, o número de casos tem vindo a diminuir nos restantes dias, fechando a semana útil com 21 infeções, que elvevam o toal para 1530.
Na Madeira, há mais 18 casos, quase metade dos 35 de quinta-feira, mas em linha com os 16 de quarta-feira.. A "Pèrola do Atlântico" contabiliza 1172 infeções desde o início da pandemia.