Uma ex-funcionária do "The New York Times" está a processar o jornal por ter sido despedida depois de tirar os quatro meses de licença de maternidade a que tinha direito.
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Arielle Davies, ex-funcionária do departamento de publicidade do "The New York Times", está a processar o jornal norte-americano por ter sido rebaixada, e eventualmente despedida, depois de ter tirado os quatro meses de licença de maternidade a que tinha direito, em 2014.
De acordo com o processo que deu entrada no tribunal de Manhattan, esta segunda-feira, e que prevê uma indemnização no valor de 75 mil dólares (66,9 mil euros), a profissional de 33 anos afirma que o "The New York Times" a pressionou para que gozasse menos de quatro meses e que o seu supervisor, ao aperceber-se do seu aumento de peso, ter-lhe-á dito que parecia que tinha bebido "algumas cervejas".
Arielle, contratada em julho de 2013, terá notificado a publicação da sua gravidez em janeiro de 2014, assegurando os seus superiores de que teria direito a quatro meses de licença de maternidade. "A boa notícia é que encontrou uma lacuna na nossa política", terá alertado, na altura, um dos responsáveis pelos trabalhadores, Terel Cooperhouse. "A má notícia é que já mudámos a nossa política, pelo que não tem direito a isso", terá acrescentado.
Em outubro de 2014, ainda durante a sua ausência, Davies recebeu a informação de que foi despedida devido a uma reorganização no departamento. No entanto, a ex-funcionária alega agora, perante a justiça, que foi a única trabalhadora dispensada.
Em agosto de 2015, avança ainda o "The New York Post", uma outra profissional do departamento de publicidade do "The New York Times" também apresentou queixa por discriminação de género. A publicação ainda não comentou nenhum dos casos.