O líder do Chega denunciou, esta segunda-feira, que o ano de 2022 vai ser marcado por uma "certa dose de austeridade". André Ventura culpa o Governo, que considera incapaz de dar apoios diretos à população em geral.
Corpo do artigo
"Estamos perante uma certa dose de austeridade ao longo do ano. Concordo com o PSD. O país, com este Governo, deve preparar-se para um certo nível de austeridade", denunciou o líder do Chega, André Ventura, ano final de uma reunião no Parlamento com os ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares, respetivamente Fernando Medina e Ana Catarina Mendes.
Para André Ventura, a austeridade deve-se à "incapacidade do Governo de fazer apoios diretos aos contribuintes em geral", preparando-se apenas para ajudar os grandes consumidores de energia.
O líder do Chega revelou que exigiu, na reunião, que o Governo aplique um modelo similar ao espanhol, de desconto direto na compra de combustível, em vez de proceder à redução do ISP. Em contrapartida, Ventura reclama uma descida do IVA na energia. Mas Fernando Medina esclareceu que o Governo ainda não possui luz verde de Bruxelas.
Segundo Ventura, o modelo a adotar para se ultrapassar a crise energética é assim um facto de "grande discrepância" do partido com o Governo. "O Governo continua a não mexer nas taxas fundamentais", vincou.