Os incêndios florestais que deflagraram no domingo em várias zonas do país fizeram 41 mortos, confirmou a adjunta nacional de operações Patrícia Gaspar.
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O anterior balanço dava conta de 37 vítimas mortais, entre as quais um bebé de um mês de Tábua (distrito de Coimbra), na Quinta da Barroca, que afinal está vivo, adiantou Patrícia Gaspar. A informação da sua morte tinha sido anunciada no "briefing" das 16 horas de segunda-feira da Proteção Civil.
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Em relação ao balanço feito esta terça-feira às 12 horas pela Autoridade Nacional da Proteção Civil, há agora um aumento de cinco mortes, elevando para 41 as vítimas mortais dos incêndios.
Patrícia Gaspar adiantou que já foram contactados a família do bebé, autoridades locais e corpos de bombeiros. "Não se confirma essa morte. Era de facto a indicação que tínhamos, [mas] já ao final do dia de ontem (segunda-feira), inicio do dia de hoje, começaram a surgir alguns sinais de que esta informação poderia não ser correta e conseguirmos hoje, durante a tarde, confirmar em definitivo que o bebé que estava referenciado se encontra bem e na companhia da família", explicou a adjunta da ANPC.
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Quanto aos números de vítimas dos incêndios que se verificaram entre domingo e segunda-feira mantêm-se as 41 mortes confirmadas, disse Patrícia Gaspar, acrescentando que atualmente "não há registo de pessoas desaparecidas".
No distrito de Coimbra registaram-se 19 mortes, no distrito de Viseu houve 18 vítimas mortais, duas pessoas morreram na Guarda e uma no distrito de Castelo Branco. Outra das vítimas mortais morreu hoje no Hospital de Coimbra.
Além das 41 vítimas mortais, as centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 71 feridos, 55 dos quais ligeiros e 16 graves.
Também questionada sobre a morte de um homem de 73 anos, em Monção, que teria acontecido na sequência de um Acidente Vascular Cerebral, devido ao incêndio naquela região, Patrícia Gaspar sublinhou que essa vítima mortal "não está contabilizada" nas 41 mortes.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O Governo decretou três dias de luto nacional, até quinta-feira.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.