Criada plataforma para diretores reportarem, entre segunda e quarta-feira, quem não foi inoculado nas escolas.
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É o primeiro exame à vacinação em massa: 90 a 100 mil por dia. A task force prevê vacinar este fim de semana entre 180 a 190 mil professores, funcionários, técnicos especializados e profissionais que asseguram as "respostas sociais". Mais de 175 mil mensagens (SMS) foram enviadas até anteontem, 86% (mais de 150 mil) responderam que sim e 2,87% (cerca de 5000) recusaram a convocatória. As marcações são ao minuto e haverá centros que irão vacinar durante mais de 12 horas seguidas, até depois das 20 horas. "Sei de professores convocados para sábado à noite", garantiu o presidente da associação nacional de diretores (ANDAEP), Filinto Lima.
Depois da vacinação dos profissionais do Pré-Escolar e 1.º Ciclo, este fim de semana será a vez de docentes, funcionários e técnicos do 2.º, 3.º ciclos e Secundário, de escolas públicas e privadas. Além de 32 mil profissionais que asseguram as "respostas sociais" como creches, ATL, equipas de apoio domiciliário, centros de atividades ocupacionais ou ainda os serviços críticos do Instituto da Segurança Social, Comissões de Proteção de Crianças e Jovens e Autoridade para as Condições do Trabalho.
"Última oportunidade"
Nas respostas enviadas ao JN, a task force garante não estar previsto "até ao presente momento" um novo fim de semana de vacinação para professores e funcionários, mas às escolas chegaram orientações sobre como devem reportar quem não for inoculado.
Vai ser criada uma plataforma que só estará disponível entre 19 e 21 de abril para os diretores enviarem os dados dos que não foram vacinados, por não terem sido convocados ou por terem tido um impedimento como "serviço externo no estrangeiro ou isolamento profilático".
"Alertamos para o facto de esta se configurar como a última oportunidade para identificação de pessoal para vacinação prioritariamente, não podendo, a partir daquela data, ser realizada qualquer correção ou acrescento", lê-se na nota enviada às escolas pelo diretor-geral dos estabelecimentos escolares.
O presidente da associação nacional de dirigentes escolares (ANDE), Manuel Pereira, garante que ontem à tarde ainda havia professores à espera de convocatória no seu agrupamento (Cinfães), por exemplo, 25 dos 280.
Os dois diretores consideram que a decisão de só administrar a vacina da AstraZeneca a partir dos 60 anos acalmou os professores.
"A esmagadora maioria já ia porque as pessoas querem ser vacinadas e não querem perder esta oportunidade mas agora noto que estão mais confiantes e seguras", frisa Filinto Lima.
Número
60 334 professores e funcionários do Pré-Escolar e 1.º Ciclo foram vacinados no fim de semana de 27 e 28 de março.
À lupa
Vacina "disponível"
Aos profissionais com menos de 60 anos serão administradas "as vacinas disponíveis e elegíveis no momento": Pfizer ou Moderna.
Pontos de vacinação
A vacinação será em centros de saúde se o universo de pessoas for inferior a 250, em escolas (se for entre 250 a 500 pessoas) ou centros covid, se forem mais de 500.