A guerra na Ucrânia continua, o metrobus no Porto continua, mas pouco, Bruce Willis não continua. Haja um Bife da Páscoa e alguma música para nos animar os dias.
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Enquanto os aviões dos oligarcas russos continuam a atravessar os céus da Europa, por terra continua o êxodo de quem procura porto seguro, a milhares de quilómetros da terra natal destroçada pelas armas. Em menos de um mês, duplicou o número de ucranianos residentes em Portugal. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras já concedeu 25193 pedidos de proteção temporária a cidadãos ucranianos e estrangeiros residentes naquele país. Por cá, as consequências da guerra multiplicam-se, conforme é detalhado no explicador preparado pela Sara Barbosa Oliveira e pelo André Manuel Gomes.
Nos Açores sucedem-se abalos sísmicos, com a ilha de S. Jorge no epicentro de um fenómeno que continua a causar grande preocupação. Em cerca de duas semanas, a população já sentiu 221 sismos. No Porto não houve um terramoto, mas, no projeto do metrobus, está em risco de ruir o "metro". Sobrará o bus. Complicado? Nem por isso. Afinal, aquilo que foi anunciado como um meio de transporte em canal dedicado permitindo evitar o trânsito e a garantir o cumprimento de horários, está em vias de ser transformado em mais uma mera linha de autocarro. A conceção do projeto (tal como a construção) foi adjudicada ao consórcio formado pelas empresas Alberto Couto Alves e Alves Ribeiro. Mas Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, anunciou há dias, em Assembleia Municipal, que o veículo vai conviver com os carros. Ou seja, apesar do projeto ainda estar a ser elaborado, parece certo que, afinal, o BRT (Bus Rapid Transport) vai ter que lutar com o lento trânsito da cidade. Resta saber se continuará a haver dinheiro do PRR, caso o projeto final pouco tenha a ver com aquele que foi anunciado e candidatado.
De Viana do Castelo chegam boas e carnívoras novidades. O Bife da Páscoa regressa a 16 de abril, após interrupção determinada pela pandemia. No entanto, conforme explica a Ana Peixoto Fernandes, está difícil conseguir toda a carne necessária para a festa que costuma juntar centenas de homens à mesa no Sábado de Aleluia. Além do preço ter disparado, há restrições no abastecimento.
A afasia roubou-nos John McClane. O cancro já nos tinha levado Hans Gruber, o vilão que era impossível odiar. Alan Rickman saiu de cena em 2016. Agora é Bruce Willis, que não partiu, mas vai recolher-se aos bastidores devido a um problema neurológico que interfere com a fala, com a compreensão de outras pessoas e pode ainda prejudicar a capacidade de leitura e de escrita. O ator anunciou, através de uma mensagem publicada pela filha nas redes sociais, que vai terminar a carreira, devido à afasia, que está a tolher-lhe as funções cognitivas. Resta-nos o Natal para ver, outra vez, o Assalto ao Aeroporto.
No meio do turbilhão, haja música para nos alegrar os dias. Silêncio, que Pierre Aderne, Karla da Silva e Nilson Dourado estiveram na Redação do JN a apresentar o património muisical da "Rua das Pretas".