A cidadania da língua está em toda a parte
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A cidadania da língua está em toda a parte. Ela está nas ruas de Lisboa, nos mercados de São Paulo, nas salas de aula de Coimbra e nos saraus literários do Rio de Janeiro. Ela é mais do que um conceito; é um elo invisível que conecta milhões de pessoas em diferentes continentes, unindo-as pela partilha da língua portuguesa.
No Mundo globalizado de hoje, a língua vai além das palavras. Ela é um veículo de cultura, identidade e cidadania. É por meio dela que construímos pontes, derrubamos barreiras e promovemos a compreensão mútua. E é exatamente sobre isso o evento “A Cidadania da Língua”, hoje na Casa de Portugal em São Paulo.
Primeiro da série “Conversas UNESP”, esta é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância da língua como ferramenta de cidadania cultural.
Jorge Caldeira, um dos mais respeitados escritores da atualidade e membro da Academia Brasileira de Letras, e Tom Farias, outro grande nome da literatura, vão compartilhar as suas perspetivas. A seu lado, académicas como Angélica Rodrigues e Regina Cláudia Laisner, da UNESP, irão aprofundar o debate, abordando temas que vão desde outras perspetivas linguísticas até às migrações e suas interpretações no futuro.
E porque isso importa? Porque a língua é uma das formas mais poderosas de exercer cidadania. Ela permite que nos expressemos, que reivindiquemos os nossos direitos e que nos conectemos com os outros. Num Mundo onde a mobilidade transcende fronteiras físicas, a capacidade de nos comunicarmos numa língua comum dá-nos um senso de pertença e identidade compartilhada.
A cidadania da língua é esse convite. Um chamamento à reflexão e à ação. Um apelo para que reconheçamos o poder transformador da língua nas nossas vidas e nas comunidades ao nosso redor.