A democracia não pode eleger populistas
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A ascensão de líderes populistas como Javier Milei na Argentina representa uma ameaça significativa às democracias. Milei propõe usar inteligência artificial (IA) para prever crimes, um movimento que pode resultar em vigilância massiva e repressão estatal.
Os populistas frequentemente corroem as instituições democráticas, atacando o setor judiciário, os média e a oposição. A utilização de IA para prever crimes, sem supervisão adequada, pode justificar ações arbitrárias e abusos de poder, minando a confiança pública nas instituições.
A retórica populista promete restaurar a ordem, mas muitas vezes prepara o terreno para o autoritarismo. A história argentina, marcada pela repressão durante a ditadura militar, relembra os perigos de sacrificar direitos fundamentais em nome da segurança. Tecnologias de vigilância podem intensificar a desconfiança e a fragmentação social, ameaçando a coesão democrática.
A promessa de segurança muitas vezes vem à custa dos direitos humanos. Tecnologias de vigilância, como a Unidade de Inteligência Artificial Aplicada à Segurança na Argentina, levantam preocupações sobre privacidade e liberdade de expressão.
A segurança deve ser garantida por humanos, mantendo a transparência e a responsabilidade. A verdadeira democracia requer vigilância crítica dos eleitores e um compromisso contínuo com liberdade, justiça e respeito pelos direitos humanos.
Temo pelos argentinos, que podem ver os seus direitos e liberdades erodidos sob o pretexto de segurança e ordem. A vigilância massiva e a repressão estatal são ameaças reais que precisam de ser enfrentadas com firmeza para proteger a integridade democrática.