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Já ninguém duvida da importância dos fatores psicológicos e anímicos no rendimento das equipas de futebol. Os últimos três jogos do Braga e do rival de Alvalade são bem demonstrativos disso mesmo. Se é verdade que as opções táticas imediatas são importantes, é inequívoco que há muitos outros fatores que são determinantes para os resultados desportivos das equipas de futebol como o treino de rotinas defensivas e atacantes, a capacidade física e o estado anímico do grupo.
No último jogo de Ruben Amorim, o Braga começou melhor mas o conjunto de Alvalade conseguiu virar o resultado empurrado pela força psicológica da vontade de vencer. Para o Braga era mais um jogo numa maratona de trinta e quatro capítulos. Para a equipa de Ruben Amorim era a despedida de uma fase vitoriosa. Como se viu, aquela extraordinária força anímica que derrotou o Braga transformou-se depois num sorvedouro que empurrou a equipa de Lisboa para derrotas inesperadas.
Em sentido inverso, a força anímica que faltou ao Braga nesse jogo ressurgiu nas duas partidas seguintes. Primeiro, para a Liga Europa, diante do Hoffenheim, o Braga deu sinal de vida e venceu com facilidade por contundentes 3-0. Depois, para a Liga, o Braga venceu o AVS num jogo dificultado pela margem curta de descanso após o jogo europeu.
O treinador Carlos Carvalhal tem demonstrado ser um especialista em gerir momentos difíceis e estas duas vitórias sem golos sofridos são uma boa evidência disso. No plano individual quero destacar Bruma. E quero fazê-lo porque a grande penalidade não apaga o que tem feito: é um autêntico balão de oxigénio nesta equipa.
*Adepto do Braga