Corpo do artigo
Carlos Carvalhal é um dos treinadores mais bem sucedidos na história do Braga e a sua capacidade de fazer as equipas renascerem das cinzas é um traço distintivo do seu trabalho. Isso mesmo voltou a evidenciar-se no jogo que encerrou a primeira volta do campeonato e que permitiu o regresso ao quarto lugar.
Depois de fechar o ano com uma derrota infame que quase confirmou o divórcio entre os adeptos e a equipa, o Braga abriu 2025 com uma vitória sem mácula num dos terrenos mais difíceis para o clube. Num estádio onde só venceu cinco vezes, três das vitórias foram conquistadas nas últimas seis épocas.
Com seis alterações no onze, o jogo mostrou um Braga seguro a defender e eficaz a atacar que chegou à vitória com apenas dois remates enquadrados com a baliza. Saliente-se que o único golo do Benfica foi obtido em fora de jogo ignorado por quase todos - Di Maria interfere na jogada e está em posição ostensivamente irregular no momento do remate. É um erro que se compreende e que não teve consequências no resultado.
Mais incompreensível é a passividade do árbitro diante de um gesto de Di Maria que certamente teria valido a expulsão a qualquer jogador do Braga. A dualidade de critérios é um problema que a Liga teima em não resolver.
Apesar da alegria da vitória, importa ser realista: os números da primeira metade do campeonato não são animadores. O Braga fez a pior primeira volta dos últimos cinco anos e não foi além das três vitórias no Municipal. Para acabarmos bem, precisamos de muito mais do que um espírito de Fénix. Que esta vitória seja o prenúncio de uma vida nova em Braga.