As seis lições de Afonso Borges
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No palco da cultura, onde a arte e a sociedade se entrelaçam, Portugal encontra-se num momento de reflexão e reinvenção. Neste contexto, práticas de gestão cultural no Brasil são modelo a seguir.
Afonso Borges, produtor cultural, criador do projeto “Sempre Um Papo” e dos festivais literários brasileiros “Fli” (Itabira, Paracatu e Araxá), pratica nas suas realizações uma abordagem tão holística quanto inovadora, alinhando cultura, inclusão e diálogo.
A primeira lição é inclusão e acessibilidade, tornando a cultura palpável para todos, independentemente da sua localização ou status socioeconómico.
Segunda. Interdisciplinaridade. Esta é outra esfera onde Borges brilha. Os seus projetos apresentam uma “tecitura” onde literatura, música e debates públicos coexistem, criando um mosaico cultural rico e diversificado.
Terceira. Construção de parcerias estratégicas. Colaborando tanto com instituições públicas quanto privadas, este modelo colaborativo é um caminho que Portugal precisa de trilhar para ampliar o alcance e o impacto dos seus projetos culturais.
Quarta. Abraçar a tecnologia. Em um Mundo cada vez mais digital, a adaptação às novas tecnologias - uma das fortes vertentes dos seus projetos - é essencial. O uso eficaz dos média digitais para promover eventos culturais e engajar um público mais amplo é um passo necessário na direção de um cenário cultural mais inclusivo e globalizado.
Quinta. Sustentabilidade financeira é outro aspeto crucial. Apenas equilibrando habilmente a captação de recursos com a autonomia financeira que advém das parcerias estratégicas se assegura a longevidade dos projetos culturais.
Sexto. Educação e formação de público. É essencial incorporar essa perspetiva para cultivar uma nova geração de apreciadores da cultura, garantindo que a riqueza cultural dos projetos perdure intergeracionalmente.
1, 2, 3, 4, 5, 6. É isso.