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Dez anos depois, o Braga voltou a sagrar-se campeão nacional de juniores. A vitória, conquistada no Porto ainda antes da última jornada, resulta da transformação da estrutura desportiva e da profissionalização da gestão ao longo do últimos anos e constitui-se como um seguro de vida para o futuro.
Ironicamente, no mesmo dia em que desfrutámos da ilusão que a vitória dos juniores nos proporciona, também nos confrontámos com a realidade que a arbitragem do jogo dos seniores contra o F. C. Porto evidencia.
O Braga é o único clube capaz de colocar em risco a hegemonia tripartida que o domina há demasiado tempo. Mas é claro que não o conseguirá sozinho. Para romper com o aborrecimento a que condenamos o nosso futebol, precisamos de uma Liga verdadeiramente empenhada na mudança. Mais do que tecnologia na linha de golo precisamos de justiça na distribuição das receitas televisivas. Quando avança esse processo? Mais do que ouvir árbitros no sistema sonoro precisamos que as arbitragens não cedam ao peso dos emblemas. Mais do que prémios de fair-play precisamos que o jogo seja limpo e que todas as equipas joguem nos mesmos campos contra os mesmos adversários. Porque é que se autorizam exceções que desvirtuam?
A época do Braga correu bem. Vencemos a Taça da Liga, fomos guerreiros na Liga dos Campeões e batemos o recorde de assistências com mais de 407 mil adeptos no Estádio ao longo da época. Só precisamos que a Liga torne a competição mais justa para passarmos de campeões do futuro a campeões no futuro.
*Adepto do Braga