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O apelo de Carlos Carvalhal nos Açores foi bem ouvido em Braga e os adeptos fizeram a sua parte: não só encheram as bancadas do Municipal como garantiram um ambiente de festa desde o primeiro minuto de jogo.
No campo, o Braga foi uma equipa sem chama, sem convicção, sem ligação e sem qualquer esgar de imaginação. A primeira parte passou depressa e sem grandes motivos de interesse. Quase a fechar, o Casa Pia chegou ao golo e pôs-se em vantagem com toda a justiça. O Braga, desnorteado, marcou na resposta e levou o jogo empatado para o intervalo. Foi uma esperança vã para os adeptos que acreditaram que seria possível vencer.
É que a segunda parte trouxe mais do mesmo, ou seja, muito pouco futebol e muito pouca vontade de vencer da parte dos bracarenses. Apesar da experiência acumulada individualmente por muitos dos jogadores, a equipa parece demasiado imatura para as responsabilidades que ostenta. Por isso é que, sem surpresa, o Braga sofreu aos 70 minutos, perdeu o jogo e ofereceu uma nova derrota aos seus adeptos.
A última vitória para a Liga no Municipal aconteceu há mais de dois meses. Dois meses são uma eternidade para um clube como o Braga pelo que a dimensão da contestação que se viveu no final do jogo é bem compreensível. Não há paixão que resista a tanto desaire sem se transformar em frustração.
O caminho que se segue é muito estreito. Apesar de praticamente consumado, o divórcio entre os adeptos e a equipa ainda pode evitar-se com uma onda de bons resultados. Pode ser que o facto de os próximos cinco (ou seis) jogos incluírem quatro (ou cinco) fora de casa até acabe por ajudar.
Adepto do Braga