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Inaugurando dia 12 de outubro a Casa da Cidadania da Língua, o músico Zeca Baleiro subirá ao palco da principal sala de shows da cidade, o Convento São Francisco, para um espetáculo que promete ser muito mais do que um desfile de canções. Promete ser a primeira síntese da cidadania da língua.
Intitulado “Na Ponta da Língua”, o concerto Zeca Baleiro homenageia os autores portugueses que escreveram as canções do seu álbum “Canções d’além-mar” - com o qual ganhou um Grammy latino - mas que a pandemia deixou quase invisível.
Neste trabalho Zeca Baleiro vai além de um simples artista. Ele transforma-se num embaixador da língua, capaz de sintetizar nessas canções, de forma exemplar, as diversas faces do idioma que nos une. A sua breve colaboração com Sérgio Godinho, uma das grandes vozes da música portuguesa, só vem reforçar essa ponte transatlântica que ambos representam.
Por isso este concerto do músico brasileiro em Coimbra não é só um evento musical, mas um marco na consolidação dessa cidadania da língua que hoje abre as portas das várias nações aos seus falantes.
No dia 12 de outubro, o grande auditório do Convento São Francisco será mais do que um espaço de entretenimento ou o endereço da homenagem que Coimbra faz ao presidente do senado Brasileiro, Rodrigo Pacheco, entregando-lhe a sua medalha de ouro.
Nesse dia, na presença de escritores, diplomatas, artistas, empresários, políticos e demais “cidadãos da língua” de tantos países - de Zeca Baleiro a Luiza Romão, de Chico Diaz a Raquel Lima, de Paloma Jorge Amado a Kakay - Coimbra se constituirá como a verdadeira casa da cidadania da língua.
E nós lá estaremos com um brilhozinho nos olhos, às nove e meia da noite, depois de um dia inteiro de celebrações, na ponta da língua e no centro do coração, celebrando em conjunto esse momento histórico.