Houve o tempo da febre do ouro, depois do petróleo, das rosas azuis, do molho da francesinha e, agora, do medicamento, vacina ou outra coisa parecida que nos tire deste pesadelo chamado Covid-19.
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Todos querem encontrar a solução, uns por manifesta tendência para resolver problemas globais, outros interessados no dinheiro que poderão faturar com a comercialização do elixir anti-Covid. Também é bom começarmos a pensar em formas eficazes de curar o medo e a sensação de insegurança, se não quisermos condenar milhões ao desemprego e à fome. Mas voltemos ao planeta do absurdo: é muito estranho que tanto cientista ande a queimar pestanas em laboratórios quando a solução pode estar por baixo da banca da cozinha ou do lavatório da casa de banho. A ideia foi avançada por uma pessoa cor de laranja, portanto, não oferece total segurança e (espero) nem sequer ainda foi testada, mas é económica, limpa e rápida. Donald Trump, presidente dos EUA, sugeriu injetar lixívia ou desinfetante nos doentes Covid. Por uma vez, estou de acordo com ele: o vírus morre. O problema é que os pacientes também não ficarão em bom estado. Os que sobreviverem, claro está.
*Jornalista