Agora que a monarquia espanhola anda pelas "calles" da amargura, achincalhada por um ex-rei caçador de elefantes, chegou a hora de Portugal apontar a Castela todas as lanças e catapultas.
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Perdida a esperança numa reposição da honra através das plataformas que a diplomacia internacional oferece, os políticos devem remeter-se às catacumbas de S. Bento e dar a vez ao único homem capaz de comandar uma ofensiva pela reconquista de Olivença e, quiçá, de outros territórios que já foram nossos, como Sevilha ou Tui. Falo, claro está, de D. Duarte Pio, cuja visão estratégica não encontra paralelo em Portugal (reparem, por exemplo, que antes de se falar em regionalização já ele pertencia à Casa de Bragança). Nunca chamei "hermanos" aos espanhóis, porque tenho oito e nasceram todos em Leça da Palmeira, e também porque respeito o trabalho daquela malta que desembainhou espadas para restaurar a independência. Por isso, tenho este sonho. E até acho que será uma vitória fácil e limpa desta vez. Com a armada de Castela e o próprio rei às voltas com problemas domésticos, basta a D. Duarte Pio ler-lhes dois cantos de "Os Lusíadas" amplificados por um megafone que aquela malta foge toda para França aos primeiros acordes da voz cavernosa do nosso herói.
*Jornalista