O Global Media Group, que integra o Jornal de Notícias, a TSF, o DN, o DV e o Jogo, entre outros meios, vai avançar para um lay-off parcial, à semelhança do que já sucedeu noutros media, tentando evitar o colapso económico que estes dias de crise precipitam, mas garantindo assegurar as condições mínimas para o funcionamento das Redações.
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Este é, portanto, o momento em que quebramos uma regra básica do jornalismo, segundo a qual os jornalistas não são notícia e muito menos em causa própria. E quebramos não só porque este ofício é um espelho da sociedade, sofrendo as mesmas angústias, os mesmos receios, a mesma ansiedade, partilhando a mesma dor, mas porque os leitores têm o direito de saber com que informação contam diariamente.
O Jornal de Notícias, com resultados positivos de perto de cinco milhões de euros em 2019, números absolutamente invejáveis no panorama da Imprensa nacional, produz a Notícias Magazine, a Evasões, os suplementos Ataque e Urbano, a revista bimensal História, o site NTV, e tem uma equipa fixa só para a produção intensiva de vídeos, o JN Direto, com uma redação em Lisboa, em Aveiro, e jornalistas em todos os recantos do país.
O JN é líder hegemónico na edição impressa a norte do Mondego e disputa mês a mês os primeiros lugares no digital, sendo ainda o título português com mais seguidores nas redes sociais.
A missão deste jornal, o único generalista de influência nacional feito fora de Lisboa, carrega o mesmo ADN que esteve na génese da sua fundação, há 132 anos. O escrutínio implacável dos poderes, todos, a defesa intransigente dos valores humanos, do Estado de Direito, da construção de uma cidadania atenta para a construção de um mundo melhor. Somos fortes com os fortes para defender os mais vulneráveis.
É esse reconhecimento por parte dos leitores, dos anunciantes e de todos os que fazem chegar o jornal até si, e a transmissão desses valores de geração em geração que nos permitem resistir em tempos tão adversos quanto os que vivemos, norteando o exercício do jornalismo por valores éticos e morais a toda a prova. Mesmo quando cometemos erros.
Nunca deixamos, nem deixaremos de estar na linha da frente, em reportagens nos hospitais, com os idosos, nas escolas, ou em locais cercados, com óbvios sacrifícios e riscos pessoais. Essa é a missão desta casa, que não faz jornalismo de sofá.
Aqui continuaremos, caro leitor, a cumprir essa missão de nunca abandonar quem tão fielmente se mantém connosco.
A Direção