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O jogo dos Açores era decisivo e o Braga estava obrigado a vencer para chegar ao Natal em quarto. O bom arranque do Santa Clara (ainda que com um calendário aliviado de jogos europeus) fazia antever um duelo muito disputado. Curiosamente, calhou aos insulares jogarem para a Taça a meio de uma semana em que o Braga folgou na Liga Europa.
O domínio bracarense foi avassalador desde o primeiro minuto, ainda que sem criar oportunidades decisivas para ganhar. A expulsão de Lucas Soares, por protestos, acentuou a tendência, acabando por mostrar um Santa Clara que joga bem mas também sabe gastar o passar do tempo - o jogo teve um tempo útil abaixo da média do Braga, mas alinhado com a dos insulares.
No jogo vimos um Bruma à prova de tudo que voltou a ser decisivo. Primeiro ao desatar o jogo através de um golo que resulta de um lance individual. Depois ao marcar o segundo, de penálti, à segunda tentativa por posicionamento irregular do guarda-redes adversário.
No final do jogo, Carlos Carvalhal, o treinador que melhores declarações faz na Liga, lançou um repto aos adeptos: “Ajudar o Braga a entrar numa espiral ascendente nas partidas disputadas em casa”. E o treinador tem razão.
Tal como já escrevi, a intranquilidade tem sido o sentimento dominante nas bancadas do Municipal. Compreende-se a frustração pela dissonância entre as expectativas elevadas e os resultados normais desta época. Mas esse é um motivo extra para os adeptos se converterem no jogador que tem faltado em campo e ajudarem a construir uma segunda fase melhor. Que a alegria do bananeiro contagie as nossas vidas, as nossas famílias e as nossas bancadas em 2025!
*Adepto do Braga