Tanta polémica com as estátuas e ninguém ainda falou do perigo iminente enfrentado pelo sósia de bronze do Cristiano Ronaldo.
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Se a moda pega, estou mesmo a ver romarias de adeptos do Barcelona, Atlético de Madrid e Inter de Milão, mais os 25 % de portugueses que, por inveja, estão sempre a malhar no CR7, mais os outros 25 % que adoram o Messi e histórias dos sete anões, e ainda a Mayorga, a embarcarem rumo à Madeira para apedrejar.
Esta podia ser uma boa ideia para revitalizar o turismo. Imagine-se uma aldeia que não tem nada para mostrar. Qualquer presidente de junta pode pedir um subsídio para erguer três ou quatro estátuas de patifes a sério. Depois, é só publicitar a carreira de tiro no Facebook e não faltarão manifestantes prontos para pichar, apedrejar e até mandar abaixo as representações. Claro que isso traria problemas, porque enxames de turistas passariam a frequentar povoados pacatos, o que deixa sempre muita gente aborrecida.
Pela experiência pandémica, os protestos nativos depressa passariam a choro convulsivo quando os turistas deixassem de aparecer por não haver mais estátuas para mandar abaixo. Acontece assim em Lisboa, no Porto, no fundo, um pouco por todo este país à beira de praias com semáforos plantado.
Jornalista