Uma das grandes interrogações da atualidade prende-se com o futuro da sociedade no pós-Covid-19.
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Chovem estudos sobre crises apocalípticas - e alguns sem exagero -, sucedem-se as vagas pandémicas de manuais de comportamento, mas ninguém ainda versou sobre a grande questão que, provavelmente, revolucionará a indústria do mobiliário.
A pandemia isolou meio mundo em casa, numa clausura que convida ao sofá e condena ao sedentarismo, apesar dos esforços de quem se dedica a tratar do físico dos outros, como os meus amigos Carla e Alvinho. Ao contrário do que ouvi dizer, o primeiro segmento a recuperar não será o turismo.
A carpintaria vai estar em alta quando o novo coronavírus morrer de velho, porque, por este andar, ninguém cabe em cadeiras e sofás, já que são poucas as pessoas abençoadas (e invejadas) que conseguem manter o corpinho na linha mesmo quando comem este mundo e o outro.
Se a minha leitura estiver correta, a faturação, só em assentos para cinemas e estádios de futebol, disparará para montantes superiores ao atual PIB português. Devaneios à parte, vale a pena aligeirar o peso destes dias negros, que dos quilos de gordura não nos vamos livrar tão cedo.
*Jornalista