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A tempestade agravou-se caprichosamente no momento em que caminhávamos para o estádio. Molhados, enregelados e desanimados com a derrota dos Arcos, os bracarenses que compareceram no estádio demonstraram uma resiliência rara no panorama português. O espetáculo de abertura ainda aqueceu a alma, mas não o corpo. Pirotécnica, jogos de luzes e muitas bandeiras acompanharam o hino do Braga com novo ritmo e nova voz.
Em campo, a festa prosseguiu. O Braga entrou forte, a jogar com uma facilidade que não se via há muito. O F. C. Porto, perdido e surpreendido, travava as investidas através de sucessivas infrações que lhes valeram três cartões amarelos nos primeiros 15 minutos. E o quarto, a João Mário, foi poupado ao minuto 29.
Antes disso, Ricardo Horta - quem mais poderia ser? - resolveu o jogo. Num livre rasteiro e forte, iludiu a barreira portista e deixou o guarda-redes adversário sem possibilidade de defesa. Apesar de o Braga ter aparecido mais interligado que o habitual, e ter chegado mais vezes à baliza portista (17 vezes contra 13 do F. C. Porto), a criação de oportunidades flagrantes e a finalização continuam a ser um problema à espera de resolução.
Seja como for, o Braga venceu um jogo vital na luta pelo pódio e as bancadas corresponderam com um sustentado e repetido “eterno amor da minha vida”.
Na estrada, Mariana Machado sagrou-se campeã nacional dos 5 Km de estrada e bateu o recorde nacional na modalidade com 15m22s, retirando mais de um minuto à marca anterior (16m59s). Que bela forma de celebrar o Dia da Mulher!
*Adepto do Braga