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A tua escolha como a intelectual brasileira do ano não é apenas um reconhecimento merecido, mas uma chamada à ação. É a afirmação de que a intelectualidade não deve ser monopólio de poucos, mas uma dádiva compartilhada por todos. É a promessa de que a literatura e o conhecimento podem ser uma força unificadora, capazes de transcender fronteiras geográficas e culturais. Isso faz de ti, Conceição Evaristo, uma inspiração de cidadania.
Nós, que testemunhamos a tua jornada brilhante, vemos em ti não apenas uma figura icónica da literatura contemporânea, mas um farol que nos orienta para um futuro mais justo e equilibrado. Um futuro onde as vozes antes marginalizadas se erguem em coro, onde a cultura afro-brasileira é celebrada como parte essencial da identidade nacional e onde todas as comunidades de língua portuguesa se unem numa sinfonia de compreensão e respeito mútuo.
Conceição, a tua conquista é a promessa de uma nova era, de uma nova cidadania, onde as palavras são as ferramentas da transformação social, onde a literatura é o espelho da nossa humanidade compartilhada e onde a união e a equidade são os pilares de nossa convivência.
O teu legado será lembrado como o catalisador de uma mudança profunda e duradoura na sociedade, onde todos, independentemente da sua origem, são convidados a participar na construção de um mundo mais inclusivo e compassivo.
Lembrando o Fli, comandado pelo nosso querido Afonso Borges e o seu compromisso com a promoção da cultura - sentimo-nos a contribuir para a construção do panorama intelectual e cultural do Brasil e do Mundo. Num segundo: eu, tu e o céu de Paracatu. Não apenas um momento, mas um legado de determinação que moldará as gerações vindouras.
Com a mais profunda gratidão e esperança.
José Manuel Diogo